Como identificar sinais de autismo em bebês

Muitos pais observam seus filhos bebês e as vezes acham que há algo errado na maneira como se comportam ou se desenvolvem. Pode ser apenas uma má impressão, mas na dúvida é interessante saber como identificar sinais de autismo em bebês.

O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um tipo de deficiência no sistema neurológico, caracterizada por inconsistências na comunicação social e no comportamento. Embora seja generalizado, há diferentes níveis do transtorno que podem variar muito de pessoa para pessoa.

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Alguns autistas podem ter seu intelectual comprometido, já outros vivem normalmente e sequer sabem que têm essa deficiência por nunca terem sido diagnosticados por um médico.

Como identificar sinais de autismo em bebês
Foto: (reprodução/internet)

A maioria das causas de autismo são hereditárias. Um estudo recente estimou que 81% das causas são genéticas, já os outros 19% contemplam fatores ambientais, idade paterna avançada e até mesmo o uso de Ácido Valproico na gravidez.

Quais são os sinais de autismo em bebês e quando eles aparecem?

Geralmente, os primeiros sinais de autismo aparecem a partir de um ano e meio de idade, podendo aparecer até antes disso em casos mais graves.

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Nos primeiros meses de vida, os sintomas mais comuns do bebê autista é não chorar e não emitir sons vocais. São geralmente muito quietinhos, não dão muita atenção à voz humana e nem preferência por expressões, como um rosto sorridente ao invés de uma cara fechada.

Durante a amamentação, o bebê não costuma olhar nos olhos da mãe, não pede colo e nem acompanha com o olhar quando a mãe ou outra pessoa se afasta. Outro sintoma muito comum é não imitar as expressões naturais como sorrir, bocejar ou mandar beijo.

No primeiro ano de vida

Os bebês autistas não respondem quando são chamados pelo nome e têm poucas reações emocionais, manifestações de desejos ou curiosidade por pessoas. Geralmente, nessa idade ainda não pronunciaram nenhuma palavra com clareza e não interagem muito bem com adultos e nem mesmo com outras crianças.

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Outra característica marcante de bebês autistas são os movimentos repetitivos. Eles podem ficar se balançando com muita frequência ou ficar batendo a cabeça ou as mãos em algo.

Aos dois anos de idade

Nesta idade os sinais de autismo começam a ficar cada vez mais claros. O bebê autista, além de continuar não apresentando emoções através de gestos e expressões faciais e não atender pelo nome, buscam se isolar. Eles costumam ter dificuldades em ambientes movimentados ou com muitos ruídos, como uma festa por exemplo.

As pessoas tendem a achar que a criança é muito independente para a idade dela, mas ela mantém a característica de um déficit de atenção. Outra característica comum de bebês autistas nesta idade é usar a mão de outras pessoas para apontar aquilo que desejam.

Dos três aos cinco anos de idade

Geralmente, nessa faixa etária, a família já percebeu que a criança é especial e já buscou orientação médica, principalmente por conta do atraso ou suspensão na fala. Quando entram em fase escolar, começam as reclamações sobre o comportamento da criança. Elas não mantém contato visual, não se expressam e agem como se simplesmente não ouvissem nada.

Durante os jogos, preferem brincar com pedaços dos brinquedos, enfileiram objetos e adoram os que giram. Algumas crianças autistas brincam normalmente como qualquer outra criança, mas estabelecem rotinas para si e para as outras crianças com quem interage.

Entre as dificuldades dessas crianças, está a sensibilidade a alguns tipos de sons, aversão à mudar trajetos e mobília da casa, recusa de alimentos e tecidos com texturas diferentes. Além disso, os autistas têm dificuldade em fazer a transição de alimentos pastosos para sólidos.

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O diagnóstico de autismo em bebês

Se você percebeu que algum dos sinais de autismo em bebês se encaixa no comportamento do seu filho, leve-o ao médico pediatra o mais breve possível. É importante lembrar que a criança não precisa apresentar todos os sintomas mencionados para que precise de assistência médica.

Não existem exames que diagnostiquem o autismo, mas os médicos pediatras podem aplicar técnicas de rastreio e acompanhamento da criança.

Autismo tem tratamento?

A resposta é SIM! Quanto mais cedo iniciar o tratamento, maiores são as chances de melhorar a qualidade de vida da criança.

Uma das terapias mais eficazes é o tratamento psicológico, sendo a mais comum delas a chamada ABA que, em português, significa Análise Aplicada do Comportamento. Além da terapia psicológica, os pacientes podem ser acompanhados também por fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, mediador na escola e outros profissionais especialistas.

Se você tem dúvidas sobre o uso de medicamentos, a resposta é: depende! Isso varia muito da intensidade do autismo do paciente, mas se este apresentar sintomas como agressividade, insônia, hiperatividade e agitação por exemplo, poderão ser medicados. É importante lembrar que todos os medicamentos devem ser prescritos pelo médico pediatra.

Todos os planos de saúde cobrem tratamento de autismo?

Infelizmente nem todos. Várias das terapias recomendadas para bebês autistas não estão inclusas no RoI, que é a cobertura obrigatória.

Se você tem plano de saúde, vale a pena consultar a cobertura em cada um dos tratamentos ou até mesmo migrar o plano para um mais completo.

Meu bebê foi diagnosticado com autismo, e agora?

Como identificar sinais de autismo em bebês
Foto: (reprodução/internet)

Antes de tudo, entenda que você não tem uma criança doente em casa. Autismo não é doença, você tem uma criança especial que enxerga o mundo com olhos diferentes das pessoas comuns.

Não entre em pânico. Com a medicina tão evoluída, existem muitos recursos e tratamentos para tudo, inclusive para o que não existia há algumas décadas atrás.

É claro que você e sua família vão precisar se adaptar um pouco para atender às necessidades da criança. Mas, como uma boa mãe ou um bom pai, você fará isso muito bem, porque o amor ajuda toda adaptação fluir melhor.

Contando com a ajuda de profissionais, você verá que pode ser mais simples do que imagina.

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